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Os Jogos Surdolímpicos Tóquio2025, que decorreram entre 15 e 26 de novembro, juntaram cerca de 3.000 atletas com deficiência auditiva, de cerca de 80 países que competem em 21 modalidades. Este importante evento marca o centenário desta manifestação multidesportiva, cuja primeira edição decorreu em 1924.

O nosso país participou pela nona vez nesta competição, deste a estreia em Sófia, em 1993, tendo conquistado desde então um total de 19 medalhas (oito de ouro, quatro de prata e sete de bronze). Portugal foi representado com 13 participantes, que competiram em cinco modalidades: atletismo, ciclismo, judo, natação e tiro.

Os atletas nacionais competem no atletismo, com cinco — Francisco Laranjeira, Gustavo Pereira, Hemilton Costa, Margarida Silva e Ricardo Gomes. Na natação, com quatro — Diogo Neves, Miguel Cruz, Ricardo Belezas e Tiago Neves. No ciclismo, André Soares, que conquistou duas medalhas na última edição da competição disputada em Caxias do Sul, no Brasil, em 2022, e João Marques vão defender as cores nacionais, enquanto no judo marcará presença Joana Santos, que conta com quatro medalhas em Surdolímpicos no palmarés. Nuno Esteves será o nosso representante no tiro.

Portugal conquistou seis medalhas: três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nos Jogos Surdolímpicos Tóquio 2025, naquela que foi a sua melhor prestação de sempre, com destaque para Margarida Silva, André Soares e Joana Santos.

Margarida Silva arrebatou duas medalhas de ouro e uma de prata no atletismo, André Soares uma de prata e uma de bronze no ciclismo e Joana Santos uma de ouro no judo.

No atletismo as três medalhas foram todas obtidas por Margarida Silva, de ouro nos 800m e 5.000m e de prata nos 1.500m. No ciclismo, André Soares conquistou a medalha de prata no contrarrelógio individual e foi bronze na corrida de pontos. No judo foi Joana Santos que igualmente contribuiu para a enorme participação da equipa de Portugal em Tóquio e esteve em evidência ao arrebatar o ouro na categoria de -57kg, revalidando o título conseguido há três anos em Caxias do Sul, no Brasil.

Merecem também destaque os atletas Francisco Laranjeira, que foi quarto classificado nos 5.000 metros e João Marques foi sétimo na prova de estrada, na distância de 100 quilómetros. Ambos garantiram dois diplomas surdolímpico.

Esta manifestação desportiva realizada de quatro em quatro anos, é organizada pelo Comité Internacional de Desporto para Surdos (ICSD), foi criada em 1924 e que em 1955 foi admitida pelo Comité Olímpico Internacional (COI) como federação internacional. A edição Tóquio2025 foram os jogos do centenário.

Para participar nos Jogos, os atletas devem ter perdido 55 decibéis no seu "ouvido melhor", não sendo permitido o uso de quaisquer aparelhos ou implantes auditivos.

A cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão para Surdos de 2029 ainda não foi definida, sendo Atenas, Grécia, e Zagreb, Croácia, as cidades candidatas.

CRÉDITOS DA IMAGEM: COMITÉ PARALÍMPICO DE PORTUGAL