Detalhes da Notícia

O Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., no âmbito da promoção dos direitos das pessoas com deficiência, tem desenvolvido em parceria com a Associação Pista Mágica, um conjunto de trabalhos com vista à sensibilização para o direito ao voluntariado inclusivo.

O Voluntariado como Ferramenta de Inclusão Social materializa-se em programas/projetos que promovem o voluntariado junto de populações em situação de maior vulnerabilidade, enquanto ferramenta facilitadora da concretização das necessidades sociais, de auto-estima e de autorrealização de quem o pratica; da descoberta/potencialização de talentos; do acesso a novas oportunidades; e da sua plena inclusão na comunidade.

Assumindo que o voluntariado pode contribuir para uma maior inclusão social, enquanto forma de participação cívica, e utilizando o esquema exclusão-segregação-integração-inclusão, surge o “Espetro da Autonomia no Voluntariado”.

Não sendo uma escada, este contempla, a par com diferentes níveis de autonomia, os conceitos de voluntariado protegido, voluntariado apoiado e voluntariado mais inclusivo, entre os quais a pessoa (em situação de vulnerabilidade) se poderá movimentar, de acordo com as suas necessidades, capacidades e nível de autonomia, de forma a poder atingir, no voluntariado, o seu potencial máximo.

Aqui, quanto maior a autonomia dentro da prática de voluntariado, maior o número de oportunidades a nível da aquisição direta de competências, conhecimentos, contactos e outros recursos, que poderão resultar, para a pessoa, numa situação mais favorável a nível da sua reafirmação dentro da sociedade e subsequente inclusão social. Neste sentido, seja qual for o tipo de voluntariado realizado pela pessoa, a sua inclusão social será sempre maior do que aquela de alguém que se encontra na zona de exclusão do exercício de voluntariado. A segregação é, portanto, vista como um passo potencialmente necessário para uma maior inclusão social de pessoas em situação de maior vulnerabilidade e que, por inerência, tenham menor nível de autonomia no voluntariado.

A Metodologia do Voluntariado Apoiado divide-se em quatro fases, 1) iniciando com um processo de Capacitação em auto-desenvolvimento, empatia e voluntariado, 2) seguindo-se a realização de Atividades Genéricas de Voluntariado para a exploração do trabalho voluntário em diferentes áreas, 3) a elaboração do Projeto de Felicidade, que pode assumir um carácter individual ou comunitário, 4) e, por último, a realização de atividades específicas de voluntariado.

Até ao momento, a Metodologia já foi testada em cinco iniciativas, permitindo que 145 pessoas - jovens em situação de risco, pessoas com ansiedade e depressão e pessoas com deficiência - fossem capacitadas em termos de habilidades relacionais, sociais, emocionais e profissionais, através de um total de 638 horas, e realizassem um total de 2812 horas de voluntariado, onde aplicaram as respectivas habilidades adquiridas. Atualmente, a Metodologia encontra-se a ser testada com o público sénior, apresentando resultados preliminares bastante promissores.

Decorrente do trabalho desenvolvido conjuntamente, o Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P., no âmbito do seu plano de formação, vai realizar no próximo dia 10 de setembro, das 10h às 13h, através da plataforma Zoom, em parceria com a Pista Mágica, uma ação de sensibilização sobre “Voluntariado + inclusivo”.

Consulte o programa e faça a sua inscrição. Esta ação é gratuita e prevê um máximo de 95 participantes.

Participe e divulgue!